A falta de autoridade e disciplina na escola pública é um dos seus grandes problemas. Apesar da contudência das palavras, não posso deixar de concordar com Vasco Pulido Valente (Público, 22 de Março de 2008): "... O Governo pretende agora "avaliar" os professores. Se existisse justiça neste mundo, devia "avaliar" primeiro a longa linha de ministros que desde Veiga Simão (um homem nefasto), Roberto Carneiro e Marçal Grilo arrasaram no ensino do Estado a autoridade e a disciplina e o tornaram na trágica farsa que hoje temos. "
sábado, 22 de março de 2008
Escola Pública: falta de autoridade!
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5 comentários:
Veiga Simão, «um homem nefasto»? Fico sem perceber se a referência é à pessoa ou à obra. Se é à pessoa, cada um tem as suas simpatias e os modos como são manifestadas publicamente ficam com quem o faz. Caso contrário teríamos no país uma verdadeira crise de legitimidade paternal dos árbitros. Quanto à obra, qual estará em causa: os Estudos Gerais Universitários de Moçambique? A Universidade de Lourenço Marques? Embaixador nas Nações Unidas? A Presidência do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial? Deputado do Partido Socialista? Ministro da Indústria e Energia? Ministro da Defesa Nacional? Ou Ministro da Educação Nacional de 15 de Janeiro de 1970 a 25 de Abril de 1974?
O meu palpite é que desta que deixei para último que se trata. Veiga Simão, com 79 anos e, felizmente, ainda vivo, não precisa que o defendam. A sua obra fala por si. Confundi-la com o que dela fizeram, quem lhe sucedeu, na desgovernação, é uma falácia antiga.
O «Livre Circulação» reproduziu o comentário. Não lhe ficava mal apurar se tem fundamento. Se preferir, posso abordar essa temática no «Por Educar». Será numa série a que não poderei deixar de chamar «Veiga Simão (MEN, 1970-1974): Prós e Contras».
Atenciosamente,
Como referir, «nefasto» é fortissimo. No entanto, o contexto do comentário e a referência a Veiga Simão é relevante, porque, no meu entender, este, é "muito" consensual porque a memória é selectiva e a sociedade portuguesa esqueçe-se de medir e avaliar o impacto das medidas no longo prazo, especialmente a educação, este aspecto.
O estado actual do sistema educativo deve muito às politicas do "eduquês". Quando é que este começou? e com quem? (ministro responsável)
Às minhas duas sugestões é respondido com duas perguntas. Vamos a estas, primeiro.
Com certeza que já ouviu falar e conhece a história da batalha de S. Mamede. Foi assim que tudo começou.
Quando? Foi a 24 de Junho de 1128 (data ainda muito festejada na região, sob outro nome).
Com quem? D. Afonso Henriques e capangas de um lado; os nobres e leais a sua Mãe, do outro. Ganhou o filho e como o «matricídio» ficou sem castigo, o resultado é o que todos temos à vista.
Agora que espero ter respondido cabalmente às duas questões, retomo as minhas propostas: Quem vai fazer o balanço do MNE de 1970 a 1974? O «Livre Circulação» (que levantou a lebre, aqui na «nossa pequena blogosfera») ou o «Por Educar» (que tem a mania de se armar em defensor de causas perdidas)?
Atenciosamente,
Caro Amigo Virgilio Machado,
O seu desafio é interessante, mas, sinceramente, tenho outras urgências. Amanhã, vou mostrar a linha do TUA aos meus filhos, enquanto não a destroem.
Um abraço.
E que tal uma entrada sobre a linha do Tua? Vale a pena, mesmo sem tomar em linha de conta a submersão dentro em breve? Tb. estou a pensar ir até lá em breve.
Carlos Machado
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