sábado, 20 de novembro de 2010

Deixem o Obama Twittar

Propositadamente, hoje, ao fim do dia e após assimilar este "grande dia", estou a ler o artigo de Barack Obama (foi ele que o ajudou a escrever?) no Público. Fico com esta sensação: deixem o Obama twittar, livremente, para que possamos saber mais sobre o Mundo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Por uma Ecologia dos Saberes

O Professor António Dias de Figueiredo pergunta: Estarão as escolas a preparar para a complexidade do mundo em que vivemos? no seu post: Por uma Ecologia dos Saberes. Vale a pena ler.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Metro Mondego: o que queremos saber (à data de 25/10/2010)

Ontem, dia 25/10/2010, na conferência de imprensa da Comissão Politica Concelhia do PSD Coimbra abordei a questão da Metro Mondego, da seguinte forma:

O que sabemos:

- SABEMOS, segundo proposta do OE 2011, que o Governo do Partido Socialista promoverá os processos necessários de "preparação de uma solução de extinção e integração da Metro Mondego, S.A. na REFER que salvaguarde a promoção do seu objecto social"

- SABEMOS, que o Presidente do Conselho de Administração da sociedade Metro Mondego se demitiu, afirmando que o projecto está “ferido de morte”;

- SABEMOS, que o Presidente do Conselho de Administração da sociedade Metro Mondego acha que o Governo do Partido Socialista o fez "De uma forma incompetente, irresponsável e cínica e demonstrando um total desrespeito pelos cidadãos da Lousã, Miranda do Corvo, e genericamente pelos cidadãos da província,", ou seja por Coimbra;

- SABEMOS, que os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, accionista com 14% cada da referida sociedade, não foram informados, o que constitui "uma enorme falta de seriedade na condução deste processo e mesmo de lealdade para com as entidades parceiras". É inacreditável e inadmissível !

Perante estes factos, o PSD de Coimbra considera que os reflexos destas acções do Governo do Partido Socialista, na implementação do projecto onde se investiram perto de 100 milhões de euros, podem ser catastróficos.

Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã: não se tratar de um conto de ficção, há pessoas, aquelas que perderam uma linha de comboio e que ficaram mais longe umas das outras.

O que queremos saber:

- quais são os planos que o Governo do Partido Socialista tem para o projecto?

- queremos que o Governo do Partido Socialista venha explicar o que quer fazer ao projecto, seja às Câmaras ou à Assembleia Geral da sociedade Metro Mondego, onde já não o disse porque faltou às duas últimas reuniões.

domingo, 3 de outubro de 2010

U2 em Coimbra, um cheirinho! (para ouvir)

Em 1982 estive em Vilar de Mouros. 28 anos depois, não podia faltar e partilhar um pouco de sound da noite de ontem: aqui !

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As contradições de Sócrates

24 De Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou

2 De Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".

8 De Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".

30 De Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".

12 De Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".

16 De Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.

24 De Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.

sábado, 14 de agosto de 2010

Abrantes: duas imagens do Jardim do Castelo

Uma, um roubo insólito (?) do busto, em bronze, de um ilustre Abrantino (Dr. António Silva Martins, pai do Professor Gentil Martins). Com a pressão que há sobre as matérias primas ... cuidem-se!



Outra, uma bela vista do Tejo e lezíria cheia de milho.








sábado, 7 de agosto de 2010

O Algarve é só para "saudáveis", mas ...

No Público de 3/8/2010 o Presidente da ARS do Algarve (Rui Lourenço) afirmou que estavam "preparadissimos" para receber os turistas e que o Algarve "é uma boa região para ter um enfarte". A directora clínica do Hospital de Faro (Helena Gomes) afirmou que "Esta população turística é saudável", por isso, mesmo que a população triplique ... fiquei estupefacto, não pela condições, pois há muitos anos que sei que é assim, mas porque ninguém se demitiu nem foi exonerado.

Hoje, tive "oportunidade" de testar o sistema. Um filha ao mergulhar na praia da Ingrina, Vila do Bispo, bateu com um pé numa rocha, onde, para reforço do azar, estava um ouriço do mar. Tentei encontrar um dos "32 postos de praia com enfermeiro", como informou o Presidente da ARS, mas nada (a praia até tem bandeira azul). Toca a andar para Lagos. Após 3h de espera e 2h de actividade médica e de enfermagem, com muito profissionalismo, lá regressámos ao Algarve para gente "saudável".

E se fosse um enfarte, tudo seria mais fácil, seguramente ?!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Em Coimbra, os Jacarandás já floriram: enviem-me fotos ..

Enviem-me fotos de Jacarandás, floridos, em Coimbra. Juntem uma nota sobre a sua localização: rua, largo, coordenadas GPS, etc ...

domingo, 23 de maio de 2010

Sapo Scratch Day In Coimbra: foi divertido !

O evento que ontem decorreu na ESEC foi divertido. Li isso na face da maior parte dos jovens, e não só, que participaram. Então a equipa da Arcil (Lousã), nem se fala ...
Vamos repetir.
Obrigado a todos.
As fotos estão num álbum do meu facebook: http://www.facebook.com/album.php?aid=2063196&id=1156794326

domingo, 16 de maio de 2010

"Massajar" os números

Nos últimos anos temos assistido a uma forte actividade de "massagem" de números estatísticos, quer dos estados quer das empresas. No nosso caso, em particular, tem sido gritante: há dois dias até "descobrimos" que o "mundo mudou nos últimos 15 dias". Percebe-se que números confiáveis é algo que requer muito "atenção", de reguladores independentes e outros agentes. Não é fácil. Quando fui à Finlândia fiquei fascinado com um livrinho, de bolso e capas vermelhas, que me deram à chegada: "Finland in numbers". Fantástico, em poucos minutos fiquei com uma "ideia" do país onde estava a entrar. Fui atrás deste elemento e descobri o site Statistics Finland, que, ainda hoje, é uma bookmark de consulta muito regular. Em Portugal, temos a Pordata, que é um "oásis" neste deserto de areia pouca ou nada confiável, que uma equipa série dirigida por um Homem sério (António Barreto) e financiada por "gente" com visão: Fundação Francisco Manuel dos Santos (Grupo Jerónimo Martins).

sexta-feira, 7 de maio de 2010

SAPO Scratch Day In Coimbra

"Imagine, Programe e Partilhe" - No dia 22 de Maio de 2010 ir-se-á realizar, na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), uma manhã aberta a todos, onde crianças, jovens, pais, avós, amigos e professores podem partilhar experiências sobre como fazer projectos em Scratch.

Serão organizadas sessões informais de partilha e formação de iniciação ao Scratch. Nalgumas, onde os intervenientes revelem interesse sobre o valor educativo desta actividade, estimular-se-á a reflexão sobre as potencialidades educativas da programação com o Scratch.

PROGRAMA

9:30 Recepção e sessão de abertura, no Auditório;
10:00 "Imagine, Programe e Partilhe" - apresentação de exemplos de projectos desenvolvidos pela comunidade, quer no SAPO Scratch (http://kids.sapo.pt/scratch), quer no Scratch MIT (http://scratch.mit.edu), no Auditório;
10:30 Exploração e desenvolvimento de projectos, nas salas de informática 2 e 3;
12:30 Sessão final (follow-up) com a apresentação de projectos desenvolvidos e encerramento, no Auditório.

sábado, 1 de maio de 2010

Se para el motor alemán y Europa se estanca

Por Timothy Garton Ash, catedrático de Estudios Europeos. Ocupa la cátedra Isaiah Berlin en el St. Antony’s College, en Oxford, y es profesor titular de la Hoover Institution, en Stanford. Traducción de María Luisa Rodríguez Tapia (EL PAÍS, 02/04/10):

Este Sábado de Pascua, Helmut Kohl, el canciller de la unidad alemana, cumplirá 80 años. Para conmemorar la ocasión, la canciller Angela Merkel y muchas otras figuras alemanas pronunciarán bellas palabras de homenaje al viejo rey Kohl; pero la estrategia actual de su país respecto a Europa, sobre todo respecto a la atribulada eurozona, corre peligro de desmantelar su legado. Si nos preguntamos por qué hoy está tambaleándose el proyecto europeo, una de las principales razones es que el motor alemán se ha parado. Y si nos preguntamos por qué ha sucedido eso, la respuesta es: porque Alemania se ha convertido en un país “normal”, como Francia y Gran Bretaña. Si es que se nos puede considerar normales, claro está.

Siguiendo las huellas de su mentor, Konrad Adenauer, Kohl insistió siempre en que la unidad alemana y la unidad europea eran “dos caras de la misma moneda”. Una moneda que acabó siendo el euro. Kohl, como la mayoría de sus predecesores, estaba empeñado en la integración europea por dos motivos: porque, debido a su experiencia personal durante la guerra, creía en ella, y porque comprendía que era buena para los intereses nacionales de Alemania. Garantizar a los países vecinos que Alemania había cambiado y estaba completamente dispuesta a integrarse en Europa era la única forma de aspirar a conseguir su objetivo nacional: su reunificación libre y pacífica. Y así fue. Cuando surgió la inesperada oportunidad en 1989, Kohl la aprovechó sin dudarlo un instante; y toda Europa salió beneficiada. No podríamos tener una Europa libre y completa sin una Alemania libre y completa en su centro.

Por eso he colgado un mensaje de felicitación de cumpleaños en una página web creada con ese fin por el partido -a veces agradecido y a veces no- de Kohl (http://www.helmut-kohl.cdu.de/). Independientemente de que Kohl haya sido un gran hombre o no, sí hizo una gran obra, y la historia le recordará por ella. Entre los demás personajes que figuran como autores de felicitaciones en esa página web está Konrad Adenauer. Llama un poco la atención, salvo para quienes crean en el espiritismo, puesto que Adenauer murió en 1967; pero supongo que es uno de los nietos del gran canciller, que también se llama Konrad y es notario en Colonia.

Una de las consecuencias más trascendentales de la política de dos vías de Kohl fue que Alemania renunció a su amado marco por el euro. Tal vez ése era el objetivo de Kohl en cualquier caso, pero, al examinar con detalle los documentos históricos relacionados con la unificación alemana, queda claro que se comprometió explícitamente a ello para vencer la hostilidad de Mitterrand a la unificación. “La mitad de Alemania para contentar a Kohl, el marco para contentar a Mitterrand”, era una frase ingeniosa que corría en aquel tiempo. Después, Kohl utilizó la inmensa autoridad de la que disfrutaba en su país para impulsar el euro pese a la resistencia o la falta de entusiasmo de la mayoría de sus compatriotas.

Muchos economistas advirtieron que no era posible tener una unión monetaria duradera sin una política fiscal única o al menos más coordinada, que impusiera la misma disciplina a todos los Estados miembros, además de la posibilidad de hacer transferencias importantes a las zonas de la unión que estuvieran pasándolo peor. Es algo que nunca se hizo, aunque Kohl confiaba en lograrlo.

Igual que en las etapas anteriores de la Unión Europea, se suponía que la integración económica debía servir de catalizador para la integración política. La eurozona iba a ser el centro magnético de la unificación política. Sin embargo, en lo que se convirtió fue en un gran mercado para las exportaciones alemanas. Así que, en un magnífico ejemplo de la ley de las consecuencias imprevistas, aunque no hubo los beneficios políticos que se esperaban, sí unos beneficios económicos que no se esperaban tanto. Pero los fallos fundamentales del diseño de la unión monetaria europea no desaparecieron. Y este año han vuelto a aparecer, en forma de némesis griega.

Si fuera canciller hoy, Kohl seguramente habría reaccionado yendo un poco más allá: poniendo la política de la unidad europea a largo plazo por encima del coste inmediato, pero también avanzando hacia una unión fiscal -y, por extensión, política- más fuerte. Lo que ocurre es que, mientras tanto, Alemania ha cambiado. Antes de la unificación, era un país que quería ser supereuropeo, por razones de memoria personal, idealismo y un sentido de la responsabilidad histórica, pero también necesitaba serlo por su propio interés nacional. Después de la unificación, cuando se transformó en un país, por fin, plenamente independiente y soberano, esa necesidad se desvaneció. A partir de ese momento, todo pasó a depender del puro deseo, de la voluntad.

Los estudiosos de Alemania observaron con interés para descubrir si iba a mantener el excepcional compromiso europeo de la República Federal desde Adenauer hasta Kohl. ¿O acaso se convertiría en una Nación-Estado más “normal”, como Francia y Gran Bretaña, pendiente de sus intereses nacionales, partidaria de emplear los cauces europeos cuando le conviniera pero con sus propias condiciones, incluso a expensas de otros cuando le pareciera necesario? La relación especial que estableció con Rusia, incluido el acuerdo bilateral para cubrir sus necesidades energéticas, indicó con claridad hacia dónde se inclinaba la Alemania unificada. Ahora, su reacción ante la primera crisis histórica de la eurozona confirma esa conclusión.

Algunos critican y responsabilizan personalmente a Merkel por esta situación. El ex ministro de Exteriores Joschka Fischer dice que la que en otro tiempo era Señora Europa parece haberse convertido en Frau Germania. Desde luego, esta “canciller del centro”, precavida y aficionada a los consensos, carece de la audacia estratégica de un Adenauer o un Kohl; pero ni siquiera un líder más valiente podría hacer gran cosa cuando tiene a la opinión nacional en contra. Y, desde los estridentes titulares del diario sensacionalista Bild hasta las decisiones a regañadientes del Tribunal Constitucional alemán, es indudable que los alemanes no están dispuestos a hacer más sacrificios por “Europa”. Si pudieran, seguramente preferirían que les devolvieran el marco. O, a falta de eso, un pequeño nordo (o quizás neuro) sólido y firme con los países del norte de Europa, y dejar a los irresponsables países del sur que se las arreglaran con un sudo (o pseudo) más débil (el mérito de haber acuñado estos términos corresponde al ex jefe de Barclays Martin Taylor). Las ramificaciones económicas son complejas e inciertas, pero es posible que esta primavera represente el principio del fin de la eurozona; el paso definitivo y más audaz del europeísmo alemán de posguerra.

Quiero decir sin reservas que los británicos y los franceses son los que tienen menos derecho a quejarse de que los alemanes empiecen a comportarse como ellos. Sería pura hipocresía. Es una lástima que pase, porque, a largo plazo, los intereses de británicos, franceses, alemanes y todos los demás europeos exigen que nos pongamos de acuerdo en un mundo de nuevos gigantes como China, pero los alemanes tienen perfecto derecho moral a ser tan miopes y tener tanta estrechez de miras como nosotros.

Por tanto, en vez de quejarme, tomo nota de una última ironía. Hace 20 años, los conservadores euroescépticos británicos se alarmaron ante la perspectiva de que una Alemania unida nos impusiera un Superestado federal europeo. Algunos llegaron a gritar: “¡Un Cuarto Reich!”. Hoy, mientras los conservadores euroescépticos británicos se aproximan de nuevo al poder, podemos ver que el resultado imprevisto de la unificación alemana ha sido, en realidad, la aparición de una Europa más británica: con una ampliación espectacular hacia el este, más intergubernamental que federal, y con una Alemania que se dedica a defender tranquilamente sus intereses nacionales a su manera, como Gran Bretaña y Francia. La verdad es que quien debería colgar un mensaje de agradecimiento en la página web del 80º cumpleaños de Kohl es Margaret Thatcher. Otra cosa es si al viejo estadista le gustaría esa felicitación.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Excelente artigo do Pedro Lomba sobre as eleições do PSD

Pedro Lomba, hoje no Público, capta de forma magistral a "plastificação" de Pedro Passos Coelho, na "mise en scène" que há muito tempo vem fazendo, e o seu sentimento de inferioridade. Notável, por isso o reproduzo neste espaço.

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As eleições internas do PSD estão, como se antevia, fortemente bipolarizadas. Continuarão bipolarizadas até ao fim, por muito que Aguiar Branco, um senhor respeitável e competente, tente em vão dar sinais de vida. Havia por isso alguma expectativa, exagerada como são sempre todas as expectativas, para o debate entre Paulo Rangel e Pedro Passos Coelho anteontem na SIC Notícias.

Um debate é apenas um debate. Este não correu bem a Paulo Rangel, que esteve defensivo e cauteloso em demasia. Desgraçadamente para ele, também não correu bem a Passos Coelho, que, com os seus maneirismos, as falas decoradas e a agressividade metida a despropósito, numa tentativa forçada de se sobrepor a Rangel que apenas serviu para expor o seu sentimento de inferioridade, confirmou a principal crítica que lhe tem sido feita: a de que é um político sem espessura, sem pensamento próprio, que tenta a todo o custo fazer-se passar pelo que não é.

Nesta coluna, devo notar, não faço parte do clube dos "analistas" e menos ainda dos politólogos-comentadores, muito em voga nos nossos dias, que entre citações do último jornal da Universidade de Helsínquia, sustentam opiniões tão políticas, subjectivas (e por isso discutíveis) como todas as outras. O meu critério é claro: defendo aquilo em que acredito e critico aquilo em que não acredito. Não há distanciamento, nem objectividade possível. Exerço o meu direito a ser saudavelmente tendencioso. E, nesta eleição do PSD, se fosse militante, eu não hesitaria: escolheria Paulo Rangel. E até avanço porquê: pela primeira vez desde que tenho memória na vida política portuguesa, encontro um político no centro-direita (tirando Paulo Portas) que se formou, educou e politizou autonomamente fora das querelas infecciosas que minam aquele partido.

Quando afirmo que Passos Coelho se faz passar pelo político que manifestamente não é, ocorrem-me vários exemplos deste estilo. Eis um político que tenta em permanência transmitir uma imagem, uma experiência, um perfil de renovador, apresentando-se sempre na sua suposta frescura e juventude, como se fosse um outsider, mas que, na verdade, anda metido na política desde a adolescência e interiorizou todos os seus vícios e dependências. Mudar o quê?

Eis um político que quer liderar um partido, que aspira a ser oposição a José Sócrates, mas manteve com ele no último ano e meio uma relação de cumplicidade tácita, fazendo mais oposição interna do que externa e silenciando-se num conjunto de questões centrais. Eis um político que deseja vender a ideia de que possui um percurso profissional autónomo quando, sejamos claros, tem atrás dele a figura tutelar de Ângelo Correia. Mudar o quê?

Eis um político que que tenta passar um ar juvenil, ágil e "moderno" nas entrevistas, dizendo que leu isto e fumou aquilo; que descobriu aos 45 anos e qualquer coisa que era "liberal", depois de nunca lhe ter sido conhecida uma ideia e maturação política em décadas de "carreira" partidária. Eis um político que promete mudança e sangue-novo, mas que surge aliado ao pior do aparelhismo, do menezismo, do marco-antonismo e outros ismos, mais desse grande mentor de rotundas que é Fernando Ruas. Sim, mudar o quê?

Quase seis anos de José Sócrates deveriam ser a nossa vacina contra a plastificação na política. Não tivemos já que chegue de políticos postiços, com os seus guiões que eles repetem sem perceber, o seu comércio de poses em público, o estilo de autómato, aquele profissionalismo mediático que é no fundo um disfarce de coisa nenhuma? Não tivemos disso que chegue? Pode ser que continuem a querer disso, até acordarem no dia seguinte vítimas de uma ilusão que deixaram passar. Jurista

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Inadmissível: Atrasos no pagamento das bolsas de estudo

Quando estive Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra (ESEC) lidei com centenas de alunos com bolsas de estudo, encontrei casos altamente problemáticos, nos limites. Internamente, na ESEC, encontrámos soluções, envolvendo os alunos em actividades remuneradas (salas de informática, estudos, biblioteca, etc), num projecto chamado ESEC Suporte. Foram apoiados centenas de alunos. Paralelamente, destaco a introdução do pagamento de propinas em oito (8) prestações, o que foi uma inovação ao nível do sector público. No âmbito do IPC, os serviços Sociais mantiveram, sempre, as bolsas em dia, amortecendo os atrasos do Ministério através de pagamentos com verbas internas. Por tudo isto, é lamentável que no Público de hoje as alunas na foto sejam da ESEC, não havendo declarações dos responsáveis do IPC e que há instituições com capacidade de influenciar o poder central: As Universidades de Lisboa e Porto "garantem ter recebido as verbas necessárias para pagar as bolsas a horas".
Mal de quem precisa e vive num inferno. Os outros, os responsáveis pela gestão, que recebem ordenado certo ao fim do mês, conseguem conviver "bem" com estas situações. Inadmissível!

Paulo Rangel: Qual é a sua ruptura na educação?

Foi no i online, onde responde à pergunta: Qual é a sua ruptura na educação?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Paulo Rangel e a Educação Clássica

Há muito que registo o percurso do Paulo Rangel. Uma vez na Pavilhão de Portugal, em Coimbra, disse que o ter estudado Latim tinha-o enriquecido determinadamente, não só para os "skills" das línguas, mas em toda a sua educação. Hoje, depois o "conhecer" melhor e de ter passado 3h a ouvi-lo falar sobre Educação, é cada vez mais evidente que "A educação é o cultivo da sabedoria e da virtude", e quantos benefícios retira deste aprendizado. Acredito, que está perfeitamente consciente, até porque o Pacheco Pereira já lhe dever ter "dito", que "aqueles que não conhecem a história, estão condenados a repeti-la”.

Dados de um Radar Meteorológico

Em S. Paulo, Brasil.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

3h com Paulo Rangel

Com um fio condutor: Libertar o Futuro para não ficarmos servos. Um conjunto de macros-ideais bem arrumadas, devidamente estruturadas, especialmente no dominio do ensino, com forte impacto na Educação, Ciência e Juventude. Há um Pensamento, que aliado a uma brilhante capacidade oratória e perante uma Escola que tem acentuado as desigualdades sociais, que não consegue promover a mobilidade social e que continua a contribuir para o aumento do número de desempregados (hoje são 563.000), dá-nos esperança para combater o Estado quase na insolvência e um país mergulhado num forte depressão. Foi brilhante !

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

PAULO RANGEL em Coimbra

PAULO RANGEL em Coimbra, Sábado, dia 20 de Fevereiro, 14 horas, Casa da Cultura. Subscrevo a palavras de Miguel Veiga: "um intelectual sólido, um homem extremamente inteligente e culto, com ideias políticas muito elaboradas e bem arrumadas e, para além disso, um homem que tem revelado um grande pragmatismo político". Além disso, como bem recordou, segundo a velha máxima de sabedoria popular: "só não reconsidera quem não considera".

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Anjinho

Daniel Bessa diz o pensa sobre o que tem de ser feito para corrigir o défice público e ainda teve "tempo" para uma revelação sobre os dos maiores responsáveis pelo despesismo: "Dr. Soares".