sexta-feira, 28 de março de 2008

Amanhã vou ao TUA

Ainda é possível viajar na linha do TUA. Vai ser por poucos dias. Depois virá a destruição. Amanhã vou lá levar os meus filhos. Está a decorrer uma petição para tentar salvar este património. Assine e vá lá, enquanto é possível.

sábado, 22 de março de 2008

Escola Pública: falta de autoridade!

A falta de autoridade e disciplina na escola pública é um dos seus grandes problemas. Apesar da contudência das palavras, não posso deixar de concordar com Vasco Pulido Valente (Público, 22 de Março de 2008): "... O Governo pretende agora "avaliar" os professores. Se existisse justiça neste mundo, devia "avaliar" primeiro a longa linha de ministros que desde Veiga Simão (um homem nefasto), Roberto Carneiro e Marçal Grilo arrasaram no ensino do Estado a autoridade e a disciplina e o tornaram na trágica farsa que hoje temos. "

segunda-feira, 17 de março de 2008

“É muito perigoso expressar a opinião na blogosfera”

II Encontro de bloggers do Ensino Superior (a minha falta ficou a dever-se a problemas pessoas de última hora, lamento): deixo uma nota preocupante sobre se, realmente, é muito perigoso expressar a opinião na blogosfera” devido ao ”ao ambiente persecutório” que se vive no ensino superior (?). Há muitos professores em situação precária, há muitos relacionamentos clientelares, há muita falta de "maturidade" que permita não ter medo de opinar, há muita postura de não me incomodem que também incomodo ninguém (low profile), há muito pouca cultura de reflexão (think thank) e, também, há poucos "ideiaotas" (geradores de ideias).

quarta-feira, 12 de março de 2008

Falta Futuro ? (Diário de Coimbra, 12/3/08)

Apodrecer ao sol é um título "roubado" do artigo de opinião de Vasco Pulido Valente, publicado no Público de 23.2.2008, que se podia aplicar a um certo destino de Coimbra após diagnóstico de alguns sectores e de a nuvem ameaçadora, resultante do "mal-estar e degradação da confiança" segundo a SEDES, nos empurrar para um bloqueamento inevitável.
Será que esta inevitabilidade, que há muito se traduz numa apatia no desenvolvimento regional, se justifica somente pela crise económica ?
Será que os portugueses “daqui” se resignam com as dificuldades, contrariamente ao desafio que o Presidente da República tem lançado?
Manuel Carvalho, no Público de 23.2.2008, avança com "a lição que vem da universidade" pela ousadia das propostas de mudança da Universidade (pública e Católica) e do Politécnico do Porto, através de projectos revolucionários que procuram racionalizar, criar massa critica, criando as condições para desenvolvimentos de nível mundial. Ao fazê-lo enviaram sinais aos agentes da cidade e da região que "o caminho não se vence com lamurias ou ideias magnificas", mas promovendo a colaboração, a rede, o empreendedorismo e a sustentabilidade das iniciativas de risco de mudança. O movimento gerado pela ousadia da Universidade do Porto mostra a outras cidades e regiões que, com esta atitude, aponta para soluções de sucesso: "a concertação de interesses, a conjugação de esforços e de saberes ou a discussão em torno de acções concretas", como faz notar Manuel Carvalho. Este, finaliza num registo magnifico: "as lições dos professores extravasam as paredes da universidade". Do Porto, claro!
Aqui, na cidade e região de Coimbra, lamentavelmente as paredes da universidade e do politécnico não extravasam mudança nem atitudes ousadas, que contribuam para estratégias capazes de dar respostas aos problemas. Também não nos resignamos. Contudo, há interesses instalados, ultra-conservadores, que inibem dinâmicas de progresso.
Tomemos o exemplo que me é próximo: o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), e procure-e e pergunte-se por propostas ousadas de mudança que estão em discussão. Encontra-se um “deserto” dominado pelos sectores conservadores das Escolas, que controlam a Assembleia Estatutária, garantido o reforço da estrutura federalista, mantendo tudo tal como está: bloqueado.Será desta forma que uma instituição tende a ser vista como um agente da parceria para o desenvolvimento? Não. Não partilho desta postura.
O novo regime jurídico para as instituições do ensino superior (RJIES) não é, com certeza, a melhor lei, mas criou a oportunidade para efectuar mudanças, sem esquecer que se deve identificar os benefícios e os custos associados. No IPC, e na generalidade das IES, urge tornar eficientes os processos transversais e criar mais racionalidade na gestão integrada do sistema, contribuindo para a sua sustentabilidade.
Falta Futuro ?
Talvez. De facto, falta um olhar para a frente, um apontar de novos caminhos.

domingo, 2 de março de 2008

CONFAP/Albino Almeida - falta de legitimidade

Exmo Senhor Director do Público,

Após ler no Público de hoje, dia 2.3.2008, que os "Pais apoiam ministra de Educação no dia em que Cavaco Silva faz apelo à serenidade" venho efectuar a seguinte declaração:

Eu, pai de uma filha no 2º do ensino básico, de um filho no 8º ano do ensino básico e de uma filha no ensino superior, declaro que a CONFAP: Confederação Nacional das Associações de Pais, representada pelo seu presidente Albino Almeida não tem procuração para efectuar declarações em meu nome, nem legitimidade para falar em nome de Todos os pais deste país. Como tal, repudio o titulo abusivo da Vossa informação.
(...)
J. Orvalho

Avaliar Professores

Batemos no fundo. Há que desligar a máquina no botão on/off, retirar a tomada da corrente e esperar, por causa dos transitórios. Trata-se de um reset a frio, pois a temperatura está altíssima. Tantas horas que já se gastaram com "reformas" de organização: estatuto do aluno, necessidades educativas, musica, titulares, avaliação dos professores ... e para quê?
Para controlar tudo, infantilizando os professores. Isto é contrário à autonomia.

sábado, 1 de março de 2008

Revista de imprensa: "MAL-ESTAR DOCENTE"

João Miranda, no DN de hoje, "regista" aspectos relevantes do processo da educação em Portugal. Enfatizo os seguintes:
  • "Os professores são infantilizados por um Ministério da Educação que lhes diz o que ensinar, o que valorizar na avaliação, que filosofia educativa seguir e como disciplinar os alunos."
  • (os Professores) "Habituados que estão a que lhes digam o que fazer, nunca declaram o que querem."
  • "Falta aos professores a autonomia individual e às escolas a autonomia institucional para serem eles próprios os agentes da mudança. Ironicamente, o Ministério da Educação quer que estes professores, que não são agentes autónomos na sua própria vida profissional, formem alunos autónomos."