sábado, 19 de dezembro de 2009

Coimbra: Cidade Criativa

A propósito do de uma informação do Público: "Indústrias criativas no topo das prioridades da Capital da Cultura", a cidade de Guimarães "aposta na renovação da economia regional através das indústrias criativas e da regeneração urbana é o principal eixo do desenvolvimento da Capital Europeia da Cultura (CEC) de 2012.". Há dias atrás, 10/12/2009, realizou-se o Seminário Internacional "Creative Cities to Urban Creativity" no Instituto de Ciências Sociais na Universidade de Lisboa. Nós, por cá, temos um enorme potencial ... vamos avançar com acções práticas, concretas, segundo uma lógica de governança.

A bancarrota de Nova York, lembram-se?

Em 1970 o nº de habitantes da cidade de Nova York ( Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Is.) era de 7,894,862 e em Portugal era de 8,568,703. Por essa altura, o mayor decretou a bancarrota (Recalling New York at the Brink of Bankruptcy), a cidade estava em falência: "E, de repente, as autoridades em Nova Iorque ficaram sem dinheiro para pagar as suas contas. As dívidas aos bancos acumulavam-se, os fornecedores batiam à porta e os salários dos funcionários estavam por pagar." O Professor Luís Campos e Cunha farta-se de referir este exemplo, como o estado que Portugal está a atingir. Como escreveu Sérgio Aníbal, do Público, "Nova Iorque tornou-se, durante quase uma década, numa cidade marcada pela pobreza extrema, pelo policiamento insuficiente, pelo lixo abandonado nas ruas e pelo sistema escolar completamente degradado." Este exemplo devia ser um caso de estudo para o governo da República, para os governos regionais e para os governos locais. Contudo, andam todos a assobiar para o lado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quando a Velha Senhora se Agita

O Conselho Geral da Universidade de Coimbra vai organizar um debate "aberto e profundo sobre a reestruturação dos saberes" na Universidade. Há um texto que constitui o ponto de partida, que "resultando de um cruzamento de pontos de vista diferentes, tem fundamentalmente como objectivo abrir a discussão. "Universidade de Coimbra quer todos a debater o seu futuro", "diz" o Público. O Conselho Geral da UC, como era de esperar pela qualidade dos seus membros, avançou com um processo de discussão alargada a toda a comunidade universitária. No entanto, a sua componente inovadora poderá, em minha opinião, estar comprometida se a discussão não for alargada (de facto) à comunidade interessada: empresas, poder local, instituições, alumni, etc.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

COP15: "Please Help the World"

"Please Help the World", film from the opening ceremony of the United Nations Climate Change Conference 2009 (COP15) in Copenhagen from the Ministry of Foreign Affairs of Denmark. Shown on December...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Avaliação de Professores nos EUA

Aqui fica um documento de "Guidelines for UNIFORM PERFORMANCE STANDARDS and Evaluation Criteria for Teachers, Administrators, and Superintendents" adoptado pelo o "Board of Education" do Estado da Virginia, num acto para a "Education Accountability and Quality Enhancement". Fica a contribuição, no momento em que, supostamente, há muita gente a estudar modelos de avaliação(será que haverá ou estarão mais interessados nas cotas ???)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Memória Selectiva

É o problema de muita gente, especialmente quando se está na oposição e depois no poder, como é o caso de Vital Moreira. Leiam o artigo do Pedro Lomba no Público de hoje: A apologia da ignorância.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Face Oculta da Rua Sésamo

Que face oculta levou a Rua Sésamo a desaparecer da televisão portuguesa (RTP)? terá tido alguma influência numa eleição? é que a face que se está a evidenciar da Face Oculta, mostra que se se tivesse aparecido em Julho passado ...

domingo, 1 de novembro de 2009

Organizações estimulantes

A Conduril foi considerada pela revista Exame como a empresa do ano. É uma empresa de construção civil, daí o "espanto" deste prémio. Sendo um sector particularmente difícil e em crise, é relevante que tal tenha acontecido. Estas organizações são "muitos difíceis" pela natureza da sua actividade, mas o CEO, António Amorim Martins, deixou claro que o mérito se deveu aos seus colaboradores: "É em momentos difíceis e menos confortáveis que os melhores mostram as suas potencialidades", explicou. Na realidade, temos poucos empresários preparados para criarem organizações onde os colaboradores possam desenvolver "o grande projecto profissional " das suas vidas, tal como afirmou JMF, ontem, sobre a organização Público.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma Aventura na Escola

Ana Maria Magalhães; Isabel Alçada : "A escola foi assaltada logo no princípio do ano. Mas, para grande espanto de todos, os ladrões não levaram nada (...) Os professores, os empregados e até a polícia tentavam deslindar aquele mistério. Mas quanto mais tentavam maior era a confusão."

Os "ladrões" são conhecidos. Uns saíram, mas o chefe ficou. A "confusão" desta Aventura manter-se-á?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por Coimbra 2009: campanha (3) - jeitinho ...

Eu estava ao lado e comprovo que tem jeito. Foi no Dianteiro, um dos lugares pertencentes aos 5% do concelho de Coimbra que, ainda, não tem saneamento básico. Não foi por isso que deixamos de ir lá, bem pelo contrário: a população tem direito a uma explicação, "on-site". Quem não quer "ouvir coisas" agradáveis, fica em casa. Está tudo planeado, adjudicado e vai entrar em execução. Em 2010 está a funcionar.

Por Coimbra 2009: campanha (3) - o amor

Em Coimbra com amor ...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Por Coimbra 2009: campanha em St. António Olivais (2)


Gestão do tempo: sempre a andar, a validar informação e a ouvir e a falar com as pessoas. Foi, assim, durante todo dia na freguesia de Santo António dos Olivais. Vi e ouvi pedaços da vida, quaotidiana, de uma cidade. Este contacto directo, é fundamental, não pensem que se ouvem só "sorrisos", embrulhados em hi-tech de alta definição, há mais: diálogo puro e duro, sem censura e sem medo. Sim, com Carlos Encarnação as pessoas conversam naturalmente, sem subserviência e sem medo.

Por Coimbra 2009: campanha em St. António Olivais

Por Coimbra 2009: campanha no Ateneu

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Freguesia de Torres do Mondego

Freguesia dispersa pelas margem direita e esquerda do Mondego. Orografia muito difícil, nesta terra de montanhas e da praia fluvial de Coimbra. Falta uma ponte a sério, que unea os dois lados da freguesia, além de muitas outras coisas, desde a melhoria de acessos, à creche, ao centro de dia, aos SMTUC na margem direita até à existência de multibancos (não há nenhum). O Paulo Serra é um jovem determinado que muito pode fazer esta terra.

domingo, 27 de setembro de 2009

Por Coimbra 2009: Declaração

Quando em 27/10/2007 escrevi o artigo "Coimbra 2.0" (publicado no Diário de Coimbra), estava longe de pensar a vir integrar uma candidatura à Câmara Municipal de Coimbra. Mas, é isso que está a acontecer, com o meu envolvimento na candidatura "Por Coimbra 2009", liderada pelo Dr. Carlos Encarnação. Neste processo, tive oportunidade de dar muitas contribuições, em diversas áreas, para o Manifesto Programático. Este, está aberto às contribuições de todos, quer directamente (enviando-me para o meu email ou para o da candidatura: programa@coimbraporamor.net), quer indirectamente, como é exemplo o interessante artigo do José Basílio Simões: Coimbra Living Lab.
Amanhã, começa a campanha eleitoral e, como tal, venho declarar que este espaço irá conter conteúdos inerentes à minha participação, mantendo-se aberto a contribuições, criticas e outros tipo de comentários que entenderem fazer aos meus posts.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Hoje fui um homem com sorte

Hoje, 24/9/09, às 10h,26m entrei no autocarro 11C dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), na baixa de Coimbra. Saí no estádio Cidade Coimbra. Entrei no meu carro e rumei a casa. Aí, dou por falta da carteira. Foram segundos de pânico, caos e quando o mundo me estava a cair em cima, veio o racional e toca a encontrar o primeito autocarro SMTUC. Chamada para a central destes serviços (239 801 100), grande eficiência no contacto com o autocarro e, "voilá", uma jovem, de nome Susana Antunes, a quem agradeço (mais uma vez), encontrou-a e entregou-a ao motorista, Armindo Jesus, a quem, também, agradeço (mais uma vez). Em pouco mais de 30 minutos saí das trevas. Fui, sem dúvida, um homem de sorte, graças à honestidade de uns e à eficiência dos serviços dos SMTUC.

domingo, 20 de setembro de 2009

A falta de carácter de Manuel Alegre

A falta de carácter de Manuel Alegre: em Dezembro de 2008 no fórum 'Democracia e serviços públicos' afirmou que "com este PS, liderado por José Sócrates, dificilmente será candidato nas próximas eleições legislativas.". E assim foi. Mas, ontem, em Coimbra esteve de mão dada com Sócrates. José Lello já o tinha dito em Março de 2009, quando afirmou que o "vice do Parlamento já começa a raiar a falta de carácter".

sábado, 19 de setembro de 2009

Táctica e Estratégia

No Público de dia 18/9/2009 o Professor Luís Campos e Cunha escreveu, mais um, excelente artigo, extremamente oportuno:

"O Bloco de Esquerda cresceu em visibilidade e em votos, em boa parte graças a SócratesO Bloco de Esquerda (BE) cresceu muito e a gripe A vem aí em força (mas estamos preparados): o que tem isto a ver com táctica e estratégia? Tudo.
Qualquer livro de aeroporto nos ensina, em termos simples, que a táctica tem a ver com alcançar objectivos de curto prazo; e que a estratégia pretende alcançar os grandes objectivos, a mais longo prazo. Neste sentido, a táctica deve obedecer aos objectivos estratégicos. Não é este, no entanto, o sentido coloquial das expressões, em que tudo é estratégia. Fala-se, em política, da estratégia para um debate, quando devíamos chamar-lhe táctica; fala-se, no mundo das empresas, de estratégia para lançar um produto, quando é táctica. O objectivo estratégico é, em cada caso, ganhar as eleições ou aumentar a quota de mercado e os lucros.
Alem disso, (pelo menos) em política, nem sempre a táctica está ao serviço da estratégia, porque a visão dos intervenientes é demasiado curta. E, sobre isso, temos dois exemplos: o BE e a gripe A."
Desde o início da legislatura, Sócrates elegeu Louçã para opositor; tacticamente, deixava o PSD a falar sozinho. É certo que este ajudou metendo os pés pelas mãos, mas a táctica de Sócrates resultou. Contudo, neste caso, implicou uma derrota estratégica grave para o PS e para a democracia.
Foi chocante, quando o PSD apresentou um programa de medidas anti-crise alternativo ao do Governo, ele não merecer uma discussão séria. Sócrates, como manobra de diversão, preferiu ignorar a proposta, atacando Louçã para não discutir com o PSD. A comunicação social ajudou à festa: Sócrates e Louçã são bons tribunos e davam grandes frases para grandes títulos.
Esta manobra táctica teve ganhos (tácticos), mas consequências estratégicas graves. Primeiro, ao longo de quatro anos, a opinião pública ficou com a percepção de que a oposição era o BE, desviando o centro de gravidade da política para a esquerda. Louçã, naturalmente, agradeceu; aliás, há bem poucos dias, afirmava que se sentia muito honrado por Sócrates ter escolhido o BE como inimigo principal. Por isso, o BE cresceu em visibilidade e em votos, em boa parte, graças a Sócrates. Segunda derrota estratégica foi o Governo actual aparecer como sendo de direita; de facto, face ao opositor escolhido por Sócrates - o BE -, era verdade. Embora, em comparações internacionais, tal não fosse. Agora, parecer de esquerda (face ao Bloco) para ganhar votos é tardio e suicidário, porque o centro de gravidade da discussão política, por decisão táctica, está à sua esquerda. E arriscam-se a não ganhar votos à esquerda e a perder votos ao centro; ou seja, arriscam-se a perder as eleições.
Outro exemplo de manobra táctica, mas que resultou em pleno, foi o empolamento do problema da gripe A. Visitei Nova Iorque em Agosto, comprei o New York Times (o meu jornal preferido) todos os dias e não me apercebi de nenhuma notícia sobre a gripe A. E estava atento. Nas conversas com amigos americanos que visitei, nunca apareceu o tema da gripe A e, quando eu propositadamente o trazia à baila, ficavam surpreendidos com a conversa. Em Londres passa-se exactamente o mesmo: ninguém fala do assunto. E noutras capitais importantes, onde tenho conhecidos e amigos, a gripe A é uma não-notícia.
Tacticamente, o Governo elegeu como problema um não-problema: a gripe A. É um não-problema porque mata menos que a gripe normal, mas foi útil. Por um lado, resolver um problema que não existe tem sucesso garantido. Por outro, seria sempre um "problema" que vinha de fora e o Governo nunca seria culpado. Tudo isto para gáudio dos jornalistas que não tinham assunto para o Verão e passaram a ter. Converteu-se a ministra da Saúde em ministra da gripe, que nos ensina a lavar as mãos e que descreve em público a situação clínica de pessoas hospitalizadas (que eu não quero, nem tenho o direito de saber). Houve mesmo editoriais a elogiá-la como óptima ministra e grande comunicadora (por contraponto a Correia de Campos). Quando isto se estava a esgotar, apareceu o ministro do Trabalho e a Concertação Social discutiu o assunto. Finalmente, surge a ministra da Educação ajudando a manter a gripe A na agenda dos jornais. Foi golpe de mestre: discutiu-se a gripe mas não os problemas do país no período pré-campanha. Funcionou tacticamente e acertou com o objectivo estratégico. Só não tenho a certeza de que o país tenha ganho. Mas as empresas farmacêuticas também ficaram a ganhar: todas as velhinhas deste país andam com frasquinhos para desinfectar as mãos quando não o fazem com a gripe sazonal, muito mais perigosa do que a gripe A. E os anti-virais venderam-se como imperiais em Verão tórrido.
Mais exemplos se podem dar de manobras tácticas que, estrategicamente, podem ou não ser um desastre. O exemplo mais irritante é a utilização do mecanismo da inveja. Cada vez que se toma uma medida, contra os funcionários públicos, por exemplo, põe-se o país todo contra eles, com mecanismos bem orquestrados de inveja. Quando é contra os professores, faz-se o mesmo e o país clama por justiça popular. Tacticamente funciona, mas a prazo -estrategicamente-, como todos são, em algum momento, vítimas da campanha da inveja, ao fim de quatro anos temos todo o país irritado com Sócrates. Além disso, um povo picado pela inveja é um povo onde o eleitoralismo demagógico tem terreno fértil. E a demagogia e o populismo, estrategicamente, favorecem a direita (leia-se CDS-PP) ou a esquerda radical. E, logo, o PS sai mal, mais uma vez e infelizmente, mas por culpa de quem manda na estratégia governamental (ou será na táctica?).

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Recrutamento de Estudantes

E se as Universidades e Politécnicos, públicos, fossem os responsáveis pela "escolha" dos seus alunos? neste caso, muitos estariam a efectuar processos de recrutamento. Que diferença!
Reparem como é no Harvard College.

domingo, 6 de setembro de 2009

Voltar a Casa

Hoje, no Público, VPValente escreveu um prosa fantástica:

Recebi um pedido - de resto, vago - para escrever um guião (de cinema) sobre um romance de Camilo (no caso, O Esqueleto). Resolvi ler a obra toda - uma apreciável empreitada. Não me vou expandir em considerações literárias, para que não tenho competência.Recebi um pedido - de resto, vago - para escrever um guião (de cinema) sobre um romance de Camilo (no caso, O Esqueleto). Resolvi ler a obra toda - uma apreciável empreitada. Não me vou expandir em considerações literárias, para que não tenho competência. Embora não inteiramente analfabeto, três coisas me fizeram impressão. Primeira, a quantidade de palavras, que não conhecia e que fui obrigado a procurar em dicionários (os melhores do mercado), em que elas, para minha surpresa, não constavam. Segunda, as dificuldades da construção sintáctica, que já não me era familiar e quase me obrigou a decifrar certo português como latim. E, terceira, o já esperado embaraço - e também vergonha - de traduzir prosa para acção. Como dizia alguém a Scott Fitzgerald, por volta de 1930, não é possível fotografar adjectivos - nem verbos, nem preposições.
O empobrecimento da língua (não só devido à minha idade) custa. Não se lê interminavelmente uma prosa primária - na imprensa e nos livros que vão saindo - sem sofrer as consequências. Um dia, há pouco tempo, uma figura notável dos jornais (um director) resolveu declarar o meu "estilo" antigo. E, na medida em que usa mais de cem palavras, com certeza que é. Mas não me parece que o "estilo" SMS ou o "estilo" TV tenham aumentado consideravelmente a capacidade da expressão humana (e, em particular, da portuguesa). Sei muito bem, e tristemente, que a cultura das letras começa a desaparecer e está, a muito curto prazo, condenada. Mas não deixo de lamentar que o prazer de uma frase, de um parágrafo ou de uma vírgula maléfica se percam para sempre.

Este último ano que passei na televisão não foi feliz, sem culpa nenhuma para Manuela Moura Guedes, que me tratou com inalterável generosidade. À parte a minha má imagem (um understatement), a minha má voz, geral incoerência e péssima dicção, sucede que escrever (um ofício em que me eduquei) é exactamente o contrário de falar. Quem fala improvisa; quem escreve calcula, planeia, emenda, substitui. Os dois processos são contrários. Pior, são incompatíveis. Verdade que a prosa acabou por me levar à televisão: um compreensível acidente. Só que "um homem de letras", mesmo medíocre, nunca, no fundo, se transforma. Voltar a este privilegiado canto é, para mim, como voltar para casa.

domingo, 30 de agosto de 2009

PROGRAMA ELEITORAL DO PSD – 2009: educação (1)

(...)
Vamos suspender de imediato o actual modelo de avaliação e rever o Estatuto da Carreira Docente, abolindo o regime de divisão actual.
(...)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Recuperação

Ainda me falta energia para voltar a escrever. Vou continuar a twitar e aproximar-me do mar. Quanto à economia, há sinais ... mas, o irresponsável de há muito, apressadamente já veio anunciar "o princípio do fim da crise".

sábado, 18 de julho de 2009

Luta dos Professores do Politécnico em Coimbra

Registo de interesses: sou professor do politécnico e não estou em greve. Concordo com os motivos, mas este é um processo em fim de legislatura, que, por isso, nem devia de ter avançado. Os sindicados deviam ter-se recusado a participar em discussões apressadas. Não o fizeram, contribuíndo para que o resultado final fosse um estatuto "esquisito". Em minha opinião, em Portugal ainda não houve um discussão a sério sobre o que se pretende do ensino politécnico. Por isso, tudo o resto está enquinado, incluíndo o estatuto dos docentes. Em Coimbra, temos uma situação muito peculiar, a que brevemente voltarei, mas, se repararem, houve docentes em greve em quase todas as Escolas excepto na Escola Superior de Educação (ver DC de hoje). Estranho? porque será? medo? de quem?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Público vai fechar?

Compro-o desde o número zero, todos os dias da semana, 365 dias por ano. É um culto? não, é o gosto de ler um jornal diariamente. Não há melhor. Gostava que estivesse melhor. E, o que é isso ?
Fica para depois, é muito mais do é hoje. Mas, e se acaba? ou é "distorcido" e dá lugar a "coisas" do governo (dn, jn, i) e outras? oh diabo, lá se vai o papel e ficou definitivamente no "on-line" com o Guardian. :(

Nanotecnologia

Nanosciences and Nanotechnologies (N&N) are new approaches to research and development that concern the study of phenomena and manipulation of materials at atomic, molecular and macromolecular scales, where properties differ significantly from those at a larger scale.”

Nanoscience and Nanotechnology is the understanding and control of matter at dimensions of roughly 1 to 100 nanometers, where unique phenomena enable novel applications. Encompassing nanoscale science, engineering and technology, nanotechnology involves imaging, measuring, modeling, and manipulating matter at this length scale. Nanotechnology R&D is directed toward understanding and creating improved materials, devices, and systems that exploit these new properties.

Há muito a fazer. O INL será, com certeza, um forte motor. Está localizado em Braga, mas, também, podia ter ficado em Coimbra, não é verdade? (precisamos de estar alinhados, em termos de objectivos)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

SuperTux

O Magalhães é melhor máquina de jogos para o famoso Supertux. Em reuniões de jovens do ensino primário fazem-se fantásticos campeonatos de Supertux. Great!
Também será da responsabilidade da Comunicação Social?

sábado, 4 de julho de 2009

Recuperação Económica

Ontem, no Museu da Água o Clube de Empresário de Coimbra organizou uma sessão com o Dr. Francisco Bandeira, Vice-presidente da CGD. Falou da CGD e da sua estratégia para criar sustentabilidade e condições para ajudar à recuperação económica, mas sempre na perspectiva do sector bancário. Interessante. É um Economista com responsabilidades. É fundamental ouvi-lo. Por outro lado, ou melhor, do outro lado, PAUL KRUGMAN escreveu no um interessante artigo: That ’30s Show, onde é bastante critico com os Economistas da equipa de Obama. Afirma, como economista, "que muitos membros da minha profissão estão jogando um papel claramente inútil" (tradução literal). Quando prémio nóbel da Economia está pouco convencido ...

Coimbra 2020

Hoje, dia 4 de Julho de 2009, é o Dia da cidade de Coimbra. Gostava de perceber como "onde queremos estar em 2020", mas não consigo consultar um plano de desenvolvimento estratégico. Quando faltam cerca de dois meses para eleições de um novo governo local e não há uma forte discussão politica sobre Coimbra, como posso eu perguntar por 2020?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Universidade do Porto

A universidade portuguesa com mais alunos e mais bem classificada nos rankings nacionais e internacionais é a Universidade do Porto. Nas eleições para o seu Conselho Geral uma das listas perante a pergunta: Qual a prioridade da lista e porquê?, efectuada pelo Público, respondeu o seguinte:

"Primeira prioridade: eleger as personalidades cooptadas, prestigiadas, independentes e representativas dos principais interesses da Sociedade, nos planos artístico, humanístico, científico, tecnológico e económico, assegurando desta forma uma actividade do Conselho Geral que esteja em sintonia com esses interesses."


sábado, 27 de junho de 2009

SkillsUSA

No EUA há a SkillsUSA : "is a partnership of students, teachers and industry working together to ensure America has a skilled work force. We help each student excel". Não, não são as Novas Oportunidades deles, o Socrates ainda só contratou a equipa de marketing estratégico do Obama. Estes, são conhecidos por serem uma "Work Force Ready System" que "provides assessments for career and technical education that are supported by industry, education and policy leaders". Uma das "brincadeiras" que promovem e apoiam, no fim do ano lectivo, são os chamados "Contest" (competições), como por exemplo a que hoje decorreu: "Web Design Contest Best Practices and Standards".

Já não há jornais com antigamente

Daqueles que tinham um quantidade substancial de artigos, quer de informação quer de opinião, e que "prendiam" os leitores durante algumas horas. Hoje, está tudo muito "short", por isso apareceu o i. O DN, JN, Expresso, Sol e, infelizmente, até o Público lei-os em pouco mais de 20 minutos (cada). Servem para quê? para deixar links para a Internet? ... para aumentar o nosso "foot print" de carbono ? disso não tenho dúvidas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mudar de "opinião": haja vergonha na cara!

Já aqui tenho referido o "mau hábito" que os "pequenos" dirigentes têm de mudar de "opinião" em função de serem governo ou oposição. A demagogia e o populismo é construío assim, com excelentes resultados para os seus protagonistas: desde a dimensão paroquial à dimensão nacional. Ora, mais uma vez, como se pode ver pelo último episódio Socrático relativamente à compra de parte da TVI pela PT. Como escreveu JMF: "José Sócrates tem uma opinião sobre a PT possuir órgãos de informação quando é ele que está no Governo e outra diferente quando está na oposição." E assim se chega a presidente, seja lá para onde for, porque não há vergonha na cara.

sábado, 20 de junho de 2009

Eleições IPC (10): ponto final.

Disse o que pensava sobre este processo, neste blog e no DC. Qem ganhou, tem de governar, é a democracia. E, para isso, tem de começar já, porque estamos no momento critico: fecho do actual ano lectivo e planeamento do próximo. A novo presidente tem todas as condições para implementar o programa de acção que apresentou: é "pai" dos estatutos do IPC (e dos da ESEC); tem o Conselho Geral do seu lado; há suporte legal no sector , propício a mudanças ... portanto, não tem desculpas para se dispersar com "caça às bruxas" nem a procurar justificações no legado que herdou, como efectuou em 2007 na ESEC. Estão, assim, reunidas, como nunca, as condições para mudar o IPC, independentemente do rumo seguido, pois, mais uma vez, esse é da responsabilidade de quem ganhou.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Eleições IPC (9): democracia manca

O modelo "escolhido" não permitiu o debate, sendo por isso limitador. Serviu a quem recorre, sistematicamente, ao populismo fácil e à demagogia. Quem se apoia no "ouvi dizer", não gosta de ser contraditado, contrariado e, assim, este modelo é o mais adequado. Poder-se-ia ter aproveitado para percebeu as concepções ideológicas sobre diversos aspectos, como por exemplo, os estatutos da carreira docente politécnica. Sendo a discussão pública, haveria oportunidade para esclarecer a opinião pública da que é ser professor do politécnico, contribuíndo para melhorar a imagem que hoje temos: vejam os comentários que (hoje) estão a circular na net (não somos de segunda, mas de quinta, dizem alguns).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Eleições IPC (8): a confissão de RA

No dia em que o Público colocou na 1ª página: "Pedidos de bolsas de estudo aumentam no ensino superior" e que "Há instituições a fazer descontos para acudir à crise", enumerando uma série de benefícios dados aos alunos, ouvi RA afirmar (está registado) que há dois anos (como presidente da ESEC) está a pagar a um jurista (dos melhores especialista do país em administrativo) e só lhe pediu um parecer uma vez. Trata-se de uma confissão de um acto de má gestão, gerador de desperdício de recursos, que, como constatamos, podiam ter sido utilizados para apoiar os alunos necessitados.


Eleições IPC (7): primeiras impressões das audições

Do vi e muitas vezes só ouvi, via emissão da ESEC TV, fiquei com as seguintes impressões: um candidato (JB) a falar com base no fez (no ISEC) e cheio de boa vontade; um candidato (TF) a falar dos problemas que teve, das adversidades, do que vai corrigir e fazer com base na experiência adquirida; um candidato (RA) que vai antecipar o futuro e que vai ter tudo pronto quando for preciso (nunca deu exemplo do que fez, porque não o fez na ESEC: os projectos ao PIDDAC e ao QREN herdou-os já feitos e só teve que os submeter), que "ouviu dizer" (muitas coisas), prometeu 150.000€ aos alunos e à primeira pergunta dificil crispou-se e ficou com o discurso desequilibrado, perdendo a segurança e entrando no confronto.

Eleições IPC (6): as audições

Estão gravadas pela ESEC TV.

domingo, 14 de junho de 2009

Eleições IPC (5): de costas voltadas para a Universidade de Coimbra

É "apenas" um nota: nenhum candidato coloca a "Universidade de Coimbra" como parceiro, seja em que enquadramento for. Apenas a referem nos respectivos dados curriculares.

Eleições IPC (4): Coesão das Escolas do IPC

Só JB e TF empregaram a palavra "coesão". Contudo, é um eixo estratégico pouco desenvolvido. Daqui decorre um dos processos vertebrais da organização, sendo necessário perceber como se pode converter a diversidade existente no IPC numa vantagem competitiva. E mais, como deverá ser desenvolvida a cooperação e a complementaridade, tendo em conta estas diferenças. São esclarecimentos para as apresentações orais de amanhã.

Eleições IPC (3): estatutos IPC - o maior problema e contradições

Será que os novos estatutos do IPC permitirão a evolução para uma "organização mais flexível e versátil, com processos de tomada de decisão mais ágeis, transparentes e totalmente abertas ao
exterior ?"

É sabido que o RA é o "pai" destes estatutos e que o JB é co-responsável. Por isso, tentei encontrar resposta nas suas propostas.
JB remete para generalidades e deixa a nota que, "possivelmente", até será necessário "alterar alguns artigos dos nossos estatutos" para estarem de acordo com o RJIES - contradição ...
RA, tal como JB, "lembra" que os estatutos conferem às "escolas uma grande autonomia na concretização das linhas estratégicas, planos de actividades e orçamentos aprovados pelo Conselho Geral, reservando para a Presidência do IPC os poderes de representação externa e de regulação e supervisão da actividade das escolas"
. Contudo, ao longo do seu "longo" programa de candidato, a presidente do IPC, esqueceu-se das competências de respresentação, regulação e supervisão tendo avançado com propostas de acção, ao detalhe, claramente das competências das escolas e do conselho de gestão. Contradição, fruto da natureza de alguém que se entusiasmou e esqueçeu o "lugar" onde estava (está) quando fez os estatutos e o lugar para onde quer ir.

E o que "dirão"os estatutos das escolas? um incógnita, mas, pela amostra dos da ESEC, a confusão operacional e o indice de conflitualidade poderá sair reforçado.

São estas e outras contradições que não me permitem encontrar a resposta (s).

Eleições IPC (2): "traços" (ausência)

Não consigo identificar, em cada plano de acção, um traço que o distinga. Os três candidatos seguiram uma estratégia de construção de planos para um quadriénio (2009/2013), "metendo" tudo o que lhes ocorreu, "esquecendo" que deve ser simples encontrar uma resposta para a pergunta: o que é que eu posso fazer (ou nós podemos fazer) para construir um IPC melhor ?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Eleições IPC (1): identidade corporativa do IPC

Depois de ler as 17 páginas bases do Jorge Bernardino (JB), as 50 páginas do Rui Antunes (RA) e as 38 páginas do Torres Farinha (TF) fiquei com um muitas dúvidas sobre as estratégias que os candidatos pretendem vir a adoptar para lidar com o eixo, crítico, da identidade corporativa. Em Julho de 2007, o relatório de avaliação do IPC pela EUA (European University Association) fez uma forte recomendação neste eixo, em virtude de ter sido identificado como um ponto de grande fraqueza e muito determinante para o desenvolvimento do IPC.
Não sendo explicitado nem tratado com a ênfase adequada, coloquei a seguinte questão aos três candidatos, no dia 7 de Junho:
- Pretende reforçar a identidade corporativa do IPC ?
Em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer.

Obtive as seguintes respostas, colocadas por ordem de recebimento:

1º do candidato RA:

“Numa perspectiva mais restrita o conceito de Identidade Corporativa remete para a imagem gráfica da instituição: site, logótipos, papel timbrado, palete de cores, etc.
Esta não é uma componente prioritária do nosso programa de candidatura. Embora considere que há algumas iniciativas a ter nesta área, defendo que elas devem surgir como consequência natural de outro tipo de acções bem mais profundas e estruturais para a formação da nossa identidade institucional.
Ou seja, parece-nos mais interessante abordar o tema da identidade corporativa numa perspectiva em que se pondera tudo aquilo contribui para diferenciar o IPC das outras instituições. Mais do que a imagem gráfica, preocupa-nos a percepção social que as pessoas têm do IPC enquanto instituição de ensino superior que forma profissionais, que constrói conhecimento e que participa do desenvolvimento da comunidade. Nessa óptica, pensamos que o nosso programa é todo ele centrado numa preocupação com o reforço da identidade corporativa do IPC.
Todos sabemos que as “marcas” ESAC, ESEC, ESTeSC, ISCAC, ISEC e, até mesmo a ESTGOH, têm mais impacto junto dos jovens que pretendem fazer formação, por exemplo, nas ciências agrárias, na educação, na tecnologia da saúde, na gestão ou na engenharia, do que a “marca” IPC. Este facto não pode ser ignorado. Não podemos, portanto, deitar fora este capital de prestígio que se construiu ao longo de décadas de trabalho esforçado e meritório das escolas. Teremos que ser capazes de construir uma identidade IPC sem ser à custa da negação e destruição das identidades correspondentes a cada escola. A nossa proposta é associar os dois tipos de identidades – escolas / IPC – e tentar beneficiar do que de melhor podemos retirar de cada uma.
O prestígio e o reconhecimento das nossas escolas vêm da qualidade da formação que fazem ao nível das licenciaturas. A “marca” IPC dificilmente poderá acrescentar muito mais nesse capítulo. Parece-nos que aquilo em que o IPC pode aditar algo de positivo à identidade das escolas se prende com acções que estão para além daquilo que já se faz e que requerem o esforço conjunto de mais do que uma escola. Por exemplo, o reforço da ligação entre escolas na promoção de mestrados em que a componente interdisciplinar é mais forte já é passível de constituir algo de positivo a acrescentar à identidade de cada escola. Neste caso é possível que as escolas envolvidas beneficiem e lucrem qualquer coisa em associar às suas “marcas” a “marca” IPC.
Ao longo das bases programáticas da nossa candidatura apresentamos várias iniciativas que pretendemos dinamizar e que só serão possíveis se conseguirmos envolver o esforço conjunto de docentes, discentes, funcionários não docentes do IPC e das respectivas escolas/institutos. Pensamos que são esse tipo de iniciativas – que mobilizam e envolvem a base da instituição – que poderão contribuir para a construção de uma identidade colectiva mais vasta do que a das escolas. Delas nascerá uma identidade corporativa “IPC” que, sem negar ou lutar contra as identidades corporativas Escolas/Institutos, será reconhecidamente um valor acrescentado para todos: IPC, escolas/institutos, docentes, funcionários não docentes, estudantes e comunidade. Quando isso acontecer “coisas” como a identidade gráfica surgirão naturalmente, sem ser necessário impor nada a ninguém.“


2º do candidato TF:

“Antes de mais permita-me tecer alguns comentários à sua questão: Registo a oportunidade e a pertinência da pergunta, que corresponde a um dos aspectos em que considero que o IPC mais deve reflectir e investir. Para além disso, a questão em si mesma já envolve um aspecto da maior relevância, que é a afirmação reforçar a identidade corporativa, o que significa que já é reconhecida uma identidade corporativa ao IPC.
A resposta objectiva à questão que coloca, se “Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC?” é a seguinte:
Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC no respeito pelas culturas das suas escolas.
Pergunta seguidamente se, em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer?
Algumas acções que pretendo levar a efeito são as seguintes:
* Reforçar a marca IPC;
* Tratar de forma central e ou com concertação centralizada assuntos que possam contribuir para esses objectivos, tais como: Gabinete de Acesso, Comunicação e Imagem.
* Para além destas vertentes, os aspectos de racionalização, tais como, a centralização dos vencimentos, a central de compras, normas transversais para distribuição de serviço docente, entre outras, onde se identifiquem economias de escala e que, simultaneamente, levem a que as várias escolas encontrem fóruns comuns onde possam discutir e reequacionar os seus problemas e as suas ambições de uma forma partilhada e construtiva, ajudam a sentir a instituição como um todo e a transmitir essa mesma imagem ao exterior.”.

domingo, 7 de junho de 2009

Praia de Omaha


Antes das projecções, dos números e das análises lembro que a Europa nunca seria a mesma sem o que acontece, há 65 anos, em praias como a de Omaha.

sábado, 6 de junho de 2009

Prestação pública de contas, parabéns ao ISCAP!

Parabéns ao ISCA do Instituto Politécnico do Porto por, hoje, ter publicado no Público o seu "Relatório & Contas de 2008". Em tempos, quando estive presidente da ESE do Instituto Politécnico de Coimbra fiz o mesmo. Foi um marco de que me orgulho bastante. Nesse tempo, 2006, fomos dos pioneiros em termos nacionais. Prestar contas públicamente é, para mim, um dever de quem "gasta" dinheiro do erário público. Desde essa altura nunca mais a ESEC o fez e nunca uma escola do IPC, incluíndo o Serviços Centrais, fez tal "coisa". Raros são as Escolas, Politécnicos e Universidades públicas que o fazem. Têm medo do quê? talvez de prestar contas. A propósito, quando algumas instituições prestam, publicamente, contas de 2008 a ESEC ainda NÃO as prestou internamente, nos orgãos adequados. Aqui vale tudo, até a impunidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Comentários às Propostas dos Candidatos às Eleições do IPC

Nos próximos dias, até dia 19 de Junho, irei comentar alguns aspectos estratégicos das propostas dos três candidatos. Comentarei, apenas, os eixos estratégicos que venha a considerar relevantes e que sejam merecedores de uma análise cuidada, ie que justifique um certo dispêndio de energia. E porquê? conhecendo bem os candidatos, julgo estar em posição previlegiada para executar tal acção.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A vergonha no IPC: Teresa Portugal pediu a demissão do Conselho Geral, eu avisei!

Teresa Portugal pediu a demissão do Conselho Geral
Ausente da reunião de ontem esteve a deputada Teresa Portugal, que ao nosso jornal revelou ter apresentado a demissão do seu lugar no Conselho Geral. A razão é apenas uma: os recentes episódios verificados na instituição. «O que se tem passado é altamente desprestigiante», refere Teresa Portugal, lamentando que o bom-nome da instituição seja assim posto em causa.

A deputada e antiga vereadora da Câmara Municipal de Coimbra entende mesmo que o futuro do Instituto Politécnico de Coimbra pode estar em causa, caso prevaleçam as disputas de âmbito pessoal.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Acção de protesto contra campanha EDP-Barragens 20 de Maio 9.00h às 13.00h

Procurando dar seguimento ao profundo descontentamento para com a inqualificável campanha da EDP-Barragens, irei, em nome individual, exercendo o meu dever de cidadania em defesa da conservação da Natureza, do meio Ambiente, realizar uma acção de protesto (com faixa) no dia 20 de Maio junto à entrada do "pólo de Sustentabilidade" da EDP na Praça Marquês de Pombal entre as 09.00 e as 13.00h.
"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco"

Edmund Burke
Luis Cunha Avelar
961122437

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Voltaram os anos de "chumbo" ao IPC

Voltámos aos anos de miséria institucional no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). No DC e no AsBeiras, o lugar é de destaque. Quando escrevi no DC e neste espaço sobre "As Personalidades ..." a desgraça já se avizinhava. Está criada uma situação, mais uma, de "terrorismo" institucional com os mesmos protagonistas de sempre.

domingo, 26 de abril de 2009

O Condestável em Abrantes


A propósito da canonização de D. Nuno Álvares Pereira fui visitar, hoje, em Abrantes o Outeiro de S. Pedro. "O Outeiro de S. Pedro é um pequeno morro que em 1809 foi transformado em reduto militar. Merece destaque o Monumento em honra de D. Nuno Álvares Pereira, do escultor Lagoa Henriques que aqui se encontra." (inSITU). Ora, nem com a canonização os responsáveis (?) trataram de recuperar o monumento, era uma oportunidade de "limpar" o estado miserável a que este monumento chegou: está vandalizado há muitos e completamente abandonado.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sempre !

Para onde se liga a dizer que Portugal tem um problema?

"Roubei" este título à Helena Matos, do seu artigo de ontem (23/4/2009) no Público. Tomo a liberdade de o publicar, pela sua qualidade e pela relevância no contexto actual.

O primeiro-ministro acha que magistrados, polícias e jornalistas conspiram para lhe inventar passados
Não quero saber da mãe, do primo, do tio e de quem mais seja das relações do cidadão José Sócrates. Muito menos me interessa saber quais os canais de televisão de que gosta ou não gosta. O que não é suposto é que as entrevistas ao primeiro-
-ministro se tornem numa sessão de psicanálise em torno de um qualquer eu. Quero mesmo acreditar que não foi o primeiro-ministro de Portugal quem esteve na RTP a ser entrevistado mas sim uma outra pessoa que por acaso se chama José Sócrates e que, naquilo que na gíria se chama contar um caso de vida, ali foi dar conta de como pensa enfrentar os conflitos reais ou imaginários que outros mantêm com ele.
Quando os homens da Apollo 13 perceberam que algo estava a correr mal naquela que parecia ser mais uma viagem à Lua, lançaram o célebre: "Okay, Houston, we've had a problem here". E Houston respondeu e naturalmente pediu-lhes que repetissem o que acabavam de dizer. Afinal as más notícias precisam muito mais do que as boas de serem repetidas para que consigamos acreditar naquilo que se acaba de ouvir. A minha grande dúvida ao ver as últimas intervenções de José Sócrates é: a quem avisamos nós que temos um problema?
Portugal não tem propriamente Governo neste momento. Temos sim uma estrutura que vive do anúncio do futuro liderada por um primeiro-ministro que acha que magistrados, polícias e jornalistas no país e fora dele conspiram para lhe inventar passados. À semelhança da Apollo 13, Portugal está num não-lugar e num não-tempo em que à sexta-
-feira o povo vê e ouve sobre o passado do primeiro-ministro algo que já não sabe se o deve fazer rir ou chorar. Às quintas é a vez de o primeiro-ministro contrapor com cenários do futuro, venha esse futuro através de leis cada vez feitas mais à pressa ou pelo lançamento virtual de obras cuja factura funciona tipo cartão de crédito a pagar pelos nossos filhos e netos.
José Sócrates tem de facto um problema com o tempo. Desde logo porque tropeça sistematicamente no seu passado. Depois porque, para seu e nosso azar, por causa desse passado vê cada vez mais comprometido o prestígio do cargo que presentemente ocupa. E por fim, mas não menos grave, quando José Sócrates anuncia medidas para o futuro percebe-se que não só não mudou desde esse passado como se constata que não aprendeu nada com o que designa como a sua "cruz" presente: tal como dantes mandava exames por fax e, enquanto ministro, aceitou participar em reuniões que o mais distraído presidente de junta de freguesia sabe que pode comprometer o mais honesto dos cidadãos, endossa agora para as gerações futuras as contas das medidas do seu Governo. Justa ou injustamente acossado pelo passado, o primeiro--ministro está irritado com o presente e pode comprometer o nosso futuro ao deixar-nos com obras onde o seu nome consta na pedra de lançamento e o nosso na lista dos endividadíssimos que, sem saber como, terão de pagar porque algures em 2009 foi preciso inventar futuros.

quinta-feira, 26 de março de 2009

As Personalidades Externas da Universidade e do Politécnico de Coimbra - publicado no Diário de Coimbra, em 26/3/09

No âmbito do novo regime jurídico das instituições de ensino superior (RJIES) a governação das instituições de ensino superior (IES) passaram a ter um novo orgão de governo, com grande influência no desenvolvimento destas organizações – o Conselho Geral (CG). Ao novo orgão, está reservado o poder de eleger e exonerar o Reitor/Presidente e de aprovar planos e relatórios de actividades anuais. Quanto ao poder de controlo e de supervisão não ser muito explícito na lei e por não ter sido, em geral, desenvolvido em sede estatutária, não significa que tal não possa acontecer. Por isso, a tutela, impôs que fossem coptados elementos externos para inibir esta tendência e contribuir para um processo de abertura da governança das iES, contrariando uma realidade de “fechamento” à comunidade. “Diz”, a lei, que estes elementos externos são “Personalidades externas de reconhecido mérito, não pertencentes à instituição, com conhecimentos e experiência relevantes para esta.”
Com este processo a decorrer nas IES públicas de Coimbra, em estado mais avançado na Universidade do que Politécnico, não posso deixar de o abordar e o dar a conhecer à comunidade.
As duas instituições seguiram processos muitos diferentes, usando metodologias opostas. Reflectindo, assim, a “enorme” diferença entre elas. Quer na elaboração dos novos estatutos quer na constituição do Conselho Geral.
A Universidade procurou atenuar as facções, reforçando a integração, a visão de conjunto e respectiva identidade. O Politécnico reforçou as facções, decorrentes do seu modelo de federação de escolas, que se aliam ou guerreiam, diminuindo a identidade (já de si fraca) e a integridade, em clara oposição à racionalização de recursos e à eficácia de processos.
O processo eleitoral para o Conselho Geral da Universidade processou-se por via de listas transversais às faculdades e respectivos departamentos, enquanto o Politécnico usou uma lógica de escola, i.e. cada escola só elegeu os seus representantes. Como resultado, o processo eleitoral na Universidade teve três listas de professores e investigadores, cinco listas de alunos e “gerou” manifestos eleitorais, sites, blogues, debates na rádio e muitas outras acções que dignificaram a instituição e a democracia participativa. No Politécnico, o processo foi residual. Resumindo-se a uns curtos comunicados por email, apelando ao voto de forma pouco democrática rasando o caciquismo e o clientelismo, próprio de uma instituição fechada e virada para si. Tudo isto reforçado pelos “novos” estatutos, que agravaram o não alinhamento organizacional, podendo o Politécnico de Coimbra atingir um estado de ingovernabilidade insustentável.
A escolha das “personalidades externas”, para o Conselho Geral adquiriu, assim, a relevância de um indicador do estado de desenvolvimento das organizações.
A Universidade promoveu uma campanha eleitoral alargada, tendo sido bastante fácil perceber o que as diferentes listas de candidatos pensavam sobre o assunto. Repare-se no que “diz” o manifesto eleitoral da lista E: “A escolha das personalidades externas será um momento crucial no início da actividade do Conselho Geral. A lista assume o compromisso de que os seus membros eleitos tudo farão para ter no Conselho Geral membros externos com a qualidade que a Universidade de Coimbra exige, pessoas de elevado nível e do máximo prestígio e credibilidade pública. As personalidades externas poderão contribuir, pela experiência nas suas áreas de actividade, para a inovação, para o aumento da eficiência organizativa da Universidade, nomeadamente na clareza e rapidez das decisões, e para uma relação mais intensa e proveitosa com o exterior.”
Na Conselho Geral da Universidade foi apresentada uma única lista de personalidades externas, que foi aprovada por unanimidade. No Politécnico, foram apresentadas 21 propostas de personalidades externas, tendo sido eleitas 10. Destas, em minha modesta opinião, nem todas podem ser consideradas externas, de acordo com o conceito que o legislador lhe deu. Será um professor aposentado do Politécnico de Coimbra uma personalidade externa? O que é o “reconhecido mérito”? “conhecimentos”? “experiência”? relevantes para a instituição? .
A difusão na imprensa e o seu impacto revelam, claramente, os resultados.
Além do prestígio granjeado, da capacidade de “lobby” e das excelentes contribuições que irá ganhar, a Universidade de Coimbra acredita nas personalidades que convidou. Repare-se na atitude: “Universidade de Coimbra para não entrar em falência técnica, aposta na capacidade dos elementos externos do Conselho Geral para intervir junto do Governo”, noticiava o Diário de Coimbra no dia 17/3/2009. O prestigio do Presidente do Conselho Geral da Universidade, Artur Santos Silva, e a sua visão distanciada contribuem significativamente para prospectivar o futuro com ambição: "Coimbra deve ambicionar vir a ser uma Oxford ou uma Cambrigde". Trata-se de um perfil exemplar, de um conselheiro externo, que deve reunir as seguintes características: estatuto, reputação, influência e independência.
Por fim, deixo uma nota sobre a natureza deste tipo de orgãos em países onde estão estabelecidos há muito tempo e onde adquiriram uma estabilidade funcional de controlo e supervisão, sem intervenção executiva: Não é normal que um membro de um Conselho Geral considere a sua candidatura a Reitor/Presidente, embora nada o impeça formalmente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ESEC TV 4 anos no ar

Há 4 anos que temos emissões regulares da ESECTV na RTP2: ver no blog ESEC TV. Parabéns a TODA a equipa. Contudo, não posso deixar de referenciar o líder deste projecto: Francisco Amaral, que tem "aguentado", até ao limite, o desinvestimento neste projecto, assim como a falta de promoção por parte da Direcção da ESEC. Passados 4 anos de emissões regulares da RTP2, não tenho dúvidas em afirmar que, como gestor à data, foi um dos eixos do investimento que mais retorno tem trazido à ESEC, ao IPC, à cidade de Coimbra, à região de Coimbra e a muito outros. (ex: UC). Mas, como é típico num país onde a valorização do mérito não é prioritária, os que fazem, que se expõem e vencem nem sempre são bem "entendidos". É mal de inveja? é a dificuldade em lidar com o sucesso dos outros (os audazes que arriscam e passam no exame da competitividade do mercado)?
É um pouco de tudo. Por isso, passar 4 anos no exigente espaço da RTP 2 é uma grande vitória.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Estímulos (à Educação) - publicado no Diário de Coimbra, em 4/2/2009

No passado dia 11 de Janeiro, Thomas l. Friedman, um dos mais conceituados "opinion maker" da actualidade, na sua crónica regular no The New York Times escreveu que um dos estímulos, mais "inteligentes", para dinamizar a economia era reduzir os impostos a todos os professores da escola pública, de forma a atrair pessoas mais talentosas para esta profissão. E fazia mais, duplicava o salário aos professores mais qualificados das áreas das ciências e da matemática. Além disso, oferecia bolsas de estudo, com cobertura total, aos alunos carenciados que fossem para instituições do ensino superior público ("university ou community college"), durante os próximos quatro anos. É peremptório: “Vamos deixar que Obama faça regressar a América à escola”.
Apesar de ser um processo de estimulação com resultados a médio prazo (tipicamente 12 anos), mas com elevado potencial para gerar novas Google's, Microsoft's, Apple's, Intel's, etc.
Contudo, como o "buraco" é fundo e continua a alastrar, para Friedman o estímulo tem de ser "big" e "smart", devendo atender à componente financeira e a educacional. Os bilhiões ou trilhiões de doláres que se irão injectar nos próximos anos em redução de impostos, infra-estruturas, novas energias, etc, obedecerão a uma estratégia orientada pelo pensamento de John Keynes. No entanto, segundo Friedman, não deveriam ignorar o relatório “Rising Above the Gathering Storm: Energizing and Employing America for a Brighter Economic Future” - de 2005 (acesso livre em http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=11463#toc), da responsabilidade da The National Academies. É um documento orientador para os EUA se manterem competitivos: melhorando a educação em ciência e matemática; investimento em investigação de longo prazo; recrutamento bons estudantes no estrangeiro; adequando as leis para o desenvolvimento da inovação.
Acredito que as estradas ajudarão, neste processo de estimulação da economia, mas acredito muito mais num estudante estimulado por um excelente professor.
Isto está a acontecer nos Estados Unidos da América. E por cá?
Quanto aos professores do ensino básico e secundário, é o que se sabe. O processo de desacreditação, humilhação e desmotivação continua. Os que têm mais experiência reformam-se, mesmo com penalizações, e os que podem, à primeira oportunidade, mudam de vida.
Quanto aos professores do sector terciário, o cenário não é melhor, apesar de ainda não se ter atingido o estado a que os outros colegas chegaram. Mas, é uma questão de tempo. Há muita desmotivação e abandonos. O estado actual, desregulado, do sistema terciário tem "atraído" demasiadas pessoas sem competências e desenvolvido processos de gestão de “clientelas”.
Quanto ao resto - plano de estímulos - não temos. Pede-se a intervenção do Estado.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tax Cuts for Teachers

Estava em "crise" para iniciar a escrita, neste espaço, em 2009. Afinal, sempre estamos em crise. Demorou, mas encontrei o mote. Deixo um artigo do THOMAS L. FRIEDMAN no - Tax Cuts for Teachers. Vale a pena. Com "atenção", pode-se concluir que ele deve ter usado Portugal como caso de estudo.