Após um período de retiro, retomo a actividade neste blog. A paragem não se ficou a dever a nenhuma depressão, motivada pela grave crise económica, de valores e de ideias inovadoras. Hoje, perdeu-se (ou adiou-se?) a hipótese de iniciarmos um ciclo para redução do estado. Por isso, iniciarei uma série de post sobre a "falta de cooperação".
Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, a “Cooperação, no contexto da economia e sociologia, é uma relação de entreajuda entre indivíduos e/ou entidades, no sentido de alcançar objectivos comuns, utilizando métodos mais ou menos consensuais”. Ora, a falta de cooperação é um elemento de explicação corrente sobre insucessos, problemas, lacunas, défices, dificuldades, etc. Vejamos alguns casos exemplificativos.
No site da Presidência da República, a propósito do desenvolvimento da biotecnologia, diagnostica-se que este dependerá dos progressos realizados em três vertentes fundamentais, dos quais saliento “o combate à fragmentação (traduzida pela falta de cooperação entre o sistema de investigação científica e a indústria, pela falta de cooperação entre empresas europeias e pela falta de cooperação entre instituições de investigação europeias)”.
Numa recente Conferência Internacional sobre o ensino da Matemática, os Professores desta disciplina evidenciaram que o “falarem mais entre eles”, quer os de escolas diferentes quer os que leccionam em ciclos diferente (primeiro, segundo, etc), resultaram muitos exemplos de boas práticas. Sendo esta colaboração recente, retenho uma nota do jornal Público (8.5.2008) com declarações de uma professora sobre a falta de cooperação com outros professores de uma escola vizinha à sua: “Claro que já podia ter feito este contacto, mas sabem como nós, os professores, somos tão distraídos”.