Depois de ler as 17 páginas bases do Jorge Bernardino (JB), as 50 páginas do Rui Antunes (RA) e as 38 páginas do Torres Farinha (TF) fiquei com um muitas dúvidas sobre as estratégias que os candidatos pretendem vir a adoptar para lidar com o eixo, crítico, da identidade corporativa. Em Julho de 2007, o relatório de avaliação do IPC pela EUA (European University Association) fez uma forte recomendação neste eixo, em virtude de ter sido identificado como um ponto de grande fraqueza e muito determinante para o desenvolvimento do IPC.
Não sendo explicitado nem tratado com a ênfase adequada, coloquei a seguinte questão aos três candidatos, no dia 7 de Junho:
- Pretende reforçar a identidade corporativa do IPC ?
Em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer.
Obtive as seguintes respostas, colocadas por ordem de recebimento:
1º do candidato RA:
“Numa perspectiva mais restrita o conceito de Identidade Corporativa remete para a imagem gráfica da instituição: site, logótipos, papel timbrado, palete de cores, etc.
Esta não é uma componente prioritária do nosso programa de candidatura. Embora considere que há algumas iniciativas a ter nesta área, defendo que elas devem surgir como consequência natural de outro tipo de acções bem mais profundas e estruturais para a formação da nossa identidade institucional.
Ou seja, parece-nos mais interessante abordar o tema da identidade corporativa numa perspectiva em que se pondera tudo aquilo contribui para diferenciar o IPC das outras instituições. Mais do que a imagem gráfica, preocupa-nos a percepção social que as pessoas têm do IPC enquanto instituição de ensino superior que forma profissionais, que constrói conhecimento e que participa do desenvolvimento da comunidade. Nessa óptica, pensamos que o nosso programa é todo ele centrado numa preocupação com o reforço da identidade corporativa do IPC.
Todos sabemos que as “marcas” ESAC, ESEC, ESTeSC, ISCAC, ISEC e, até mesmo a ESTGOH, têm mais impacto junto dos jovens que pretendem fazer formação, por exemplo, nas ciências agrárias, na educação, na tecnologia da saúde, na gestão ou na engenharia, do que a “marca” IPC. Este facto não pode ser ignorado. Não podemos, portanto, deitar fora este capital de prestígio que se construiu ao longo de décadas de trabalho esforçado e meritório das escolas. Teremos que ser capazes de construir uma identidade IPC sem ser à custa da negação e destruição das identidades correspondentes a cada escola. A nossa proposta é associar os dois tipos de identidades – escolas / IPC – e tentar beneficiar do que de melhor podemos retirar de cada uma.
O prestígio e o reconhecimento das nossas escolas vêm da qualidade da formação que fazem ao nível das licenciaturas. A “marca” IPC dificilmente poderá acrescentar muito mais nesse capítulo. Parece-nos que aquilo em que o IPC pode aditar algo de positivo à identidade das escolas se prende com acções que estão para além daquilo que já se faz e que requerem o esforço conjunto de mais do que uma escola. Por exemplo, o reforço da ligação entre escolas na promoção de mestrados em que a componente interdisciplinar é mais forte já é passível de constituir algo de positivo a acrescentar à identidade de cada escola. Neste caso é possível que as escolas envolvidas beneficiem e lucrem qualquer coisa em associar às suas “marcas” a “marca” IPC.
Ao longo das bases programáticas da nossa candidatura apresentamos várias iniciativas que pretendemos dinamizar e que só serão possíveis se conseguirmos envolver o esforço conjunto de docentes, discentes, funcionários não docentes do IPC e das respectivas escolas/institutos. Pensamos que são esse tipo de iniciativas – que mobilizam e envolvem a base da instituição – que poderão contribuir para a construção de uma identidade colectiva mais vasta do que a das escolas. Delas nascerá uma identidade corporativa “IPC” que, sem negar ou lutar contra as identidades corporativas Escolas/Institutos, será reconhecidamente um valor acrescentado para todos: IPC, escolas/institutos, docentes, funcionários não docentes, estudantes e comunidade. Quando isso acontecer “coisas” como a identidade gráfica surgirão naturalmente, sem ser necessário impor nada a ninguém.“
2º do candidato TF:
“Antes de mais permita-me tecer alguns comentários à sua questão: Registo a oportunidade e a pertinência da pergunta, que corresponde a um dos aspectos em que considero que o IPC mais deve reflectir e investir. Para além disso, a questão em si mesma já envolve um aspecto da maior relevância, que é a afirmação reforçar a identidade corporativa, o que significa que já é reconhecida uma identidade corporativa ao IPC.
A resposta objectiva à questão que coloca, se “Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC?” é a seguinte:
Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC no respeito pelas culturas das suas escolas.
Pergunta seguidamente se, em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer?
Algumas acções que pretendo levar a efeito são as seguintes:
* Reforçar a marca IPC;
* Tratar de forma central e ou com concertação centralizada assuntos que possam contribuir para esses objectivos, tais como: Gabinete de Acesso, Comunicação e Imagem.
* Para além destas vertentes, os aspectos de racionalização, tais como, a centralização dos vencimentos, a central de compras, normas transversais para distribuição de serviço docente, entre outras, onde se identifiquem economias de escala e que, simultaneamente, levem a que as várias escolas encontrem fóruns comuns onde possam discutir e reequacionar os seus problemas e as suas ambições de uma forma partilhada e construtiva, ajudam a sentir a instituição como um todo e a transmitir essa mesma imagem ao exterior.”.
Não sendo explicitado nem tratado com a ênfase adequada, coloquei a seguinte questão aos três candidatos, no dia 7 de Junho:
- Pretende reforçar a identidade corporativa do IPC ?
Em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer.
Obtive as seguintes respostas, colocadas por ordem de recebimento:
1º do candidato RA:
“Numa perspectiva mais restrita o conceito de Identidade Corporativa remete para a imagem gráfica da instituição: site, logótipos, papel timbrado, palete de cores, etc.
Esta não é uma componente prioritária do nosso programa de candidatura. Embora considere que há algumas iniciativas a ter nesta área, defendo que elas devem surgir como consequência natural de outro tipo de acções bem mais profundas e estruturais para a formação da nossa identidade institucional.
Ou seja, parece-nos mais interessante abordar o tema da identidade corporativa numa perspectiva em que se pondera tudo aquilo contribui para diferenciar o IPC das outras instituições. Mais do que a imagem gráfica, preocupa-nos a percepção social que as pessoas têm do IPC enquanto instituição de ensino superior que forma profissionais, que constrói conhecimento e que participa do desenvolvimento da comunidade. Nessa óptica, pensamos que o nosso programa é todo ele centrado numa preocupação com o reforço da identidade corporativa do IPC.
Todos sabemos que as “marcas” ESAC, ESEC, ESTeSC, ISCAC, ISEC e, até mesmo a ESTGOH, têm mais impacto junto dos jovens que pretendem fazer formação, por exemplo, nas ciências agrárias, na educação, na tecnologia da saúde, na gestão ou na engenharia, do que a “marca” IPC. Este facto não pode ser ignorado. Não podemos, portanto, deitar fora este capital de prestígio que se construiu ao longo de décadas de trabalho esforçado e meritório das escolas. Teremos que ser capazes de construir uma identidade IPC sem ser à custa da negação e destruição das identidades correspondentes a cada escola. A nossa proposta é associar os dois tipos de identidades – escolas / IPC – e tentar beneficiar do que de melhor podemos retirar de cada uma.
O prestígio e o reconhecimento das nossas escolas vêm da qualidade da formação que fazem ao nível das licenciaturas. A “marca” IPC dificilmente poderá acrescentar muito mais nesse capítulo. Parece-nos que aquilo em que o IPC pode aditar algo de positivo à identidade das escolas se prende com acções que estão para além daquilo que já se faz e que requerem o esforço conjunto de mais do que uma escola. Por exemplo, o reforço da ligação entre escolas na promoção de mestrados em que a componente interdisciplinar é mais forte já é passível de constituir algo de positivo a acrescentar à identidade de cada escola. Neste caso é possível que as escolas envolvidas beneficiem e lucrem qualquer coisa em associar às suas “marcas” a “marca” IPC.
Ao longo das bases programáticas da nossa candidatura apresentamos várias iniciativas que pretendemos dinamizar e que só serão possíveis se conseguirmos envolver o esforço conjunto de docentes, discentes, funcionários não docentes do IPC e das respectivas escolas/institutos. Pensamos que são esse tipo de iniciativas – que mobilizam e envolvem a base da instituição – que poderão contribuir para a construção de uma identidade colectiva mais vasta do que a das escolas. Delas nascerá uma identidade corporativa “IPC” que, sem negar ou lutar contra as identidades corporativas Escolas/Institutos, será reconhecidamente um valor acrescentado para todos: IPC, escolas/institutos, docentes, funcionários não docentes, estudantes e comunidade. Quando isso acontecer “coisas” como a identidade gráfica surgirão naturalmente, sem ser necessário impor nada a ninguém.“
2º do candidato TF:
“Antes de mais permita-me tecer alguns comentários à sua questão: Registo a oportunidade e a pertinência da pergunta, que corresponde a um dos aspectos em que considero que o IPC mais deve reflectir e investir. Para além disso, a questão em si mesma já envolve um aspecto da maior relevância, que é a afirmação reforçar a identidade corporativa, o que significa que já é reconhecida uma identidade corporativa ao IPC.
A resposta objectiva à questão que coloca, se “Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC?” é a seguinte:
Pretendo reforçar a identidade corporativa do IPC no respeito pelas culturas das suas escolas.
Pergunta seguidamente se, em caso afirmativo, quais são as acções que irá desenvolver para o fazer?
Algumas acções que pretendo levar a efeito são as seguintes:
* Reforçar a marca IPC;
* Tratar de forma central e ou com concertação centralizada assuntos que possam contribuir para esses objectivos, tais como: Gabinete de Acesso, Comunicação e Imagem.
* Para além destas vertentes, os aspectos de racionalização, tais como, a centralização dos vencimentos, a central de compras, normas transversais para distribuição de serviço docente, entre outras, onde se identifiquem economias de escala e que, simultaneamente, levem a que as várias escolas encontrem fóruns comuns onde possam discutir e reequacionar os seus problemas e as suas ambições de uma forma partilhada e construtiva, ajudam a sentir a instituição como um todo e a transmitir essa mesma imagem ao exterior.”.
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