terça-feira, 22 de setembro de 2015

Hackathon no Porto de Aveiro ?! (Diário de Aveiro, supl. Economia, 22/9/2015)


Hackathon é um evento que reúne programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software, para uma maratona de programação. O termo resulta de uma combinação das palavras inglesas “hack” (programar de forma excepcional) e “marathon” (maratona). Nos passados dias, 4 e 5 de Setembro de 2015, realizou-se o 3º World Port Hackathon no Porto de Roterdão. Este Hackathon foi coorganizado e suportado por entidades cuja vida se desenvolve, de forma significativa, no porto: administração do Porto de Roterdão; empresas do sector logístico; armadores; universidade e outras instituições de educação; empresas tecnológicas; coderdojo de Roterdão e muitos outros seus parceiros. É digno de realce a relação de envolvimento existente entre as instituições de educação e o seu porto (Roterdão). Este Hackathon gira, principalmente, em torno de dados abertos e “big data”. Assim sendo, foram disponibilizados vários conjuntos de dados (estáticos e dinâmicos), por diferentes partes interessadas, com maior destaque o Porto de Roterdão apresentou, por exemplo, um conjunto de dados sobre a densidade de tráfego medida por sensores embutidos nas estradas ou sobre o sistema de gestão do tráfego usado dentro do porto. Também, a tecnologia da IoT – “Internet of Things” foi colocada aos dispor, de forma à criação de algo mais tangível, bem como, diversos tipos de sensores, relógios e óculos inteligentes. Os desafios colocados e dinamizados pelos parceiros, tiveram como objectivo o desenvolvimento de conceitos e construção de protótipos que contribuam para que o Porto de Roterdão seja mais seguro, sustentável, inovador, inspirador e economicamente viável. Estes desafios foram colocados em três grandes áreas: logística e conectividade; infraestruturas; segurança. Como contribuir para uma maior transparência nos transportes? Qual a posição atual? Qual o destino? Quanto é a carga? Contudo, esta informação será tão ou mais valiosa quando interligada com o planeamento e, facilmente, visualizada. Nas infraestruturas, inovação num porto é consequente, quando torna possível lidar com a informação disponível de forma mais inteligente, melhor e em maior quantidade, contribuindo para que todo o processo entre a partida e a chegada, quer de um navio ou de um camião, seja suave e eficiente. Quanto à segurança, num porto há muitos interesses envolvidos, tendo a inovação (digital, controlo, etc) um papel fundamental para o enriquecimento da cooperação. Seguindo o exemplo do que acontece em grandes portos com a realização destes Hackathons, criando-se sinergias e dinâmicas de interesses, o Porto de Aveiro deveria, também, ter o seu! Porque não?

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