Hackathon é um evento que reúne
programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de
software, para uma maratona de programação. O termo resulta de uma combinação
das palavras inglesas “hack” (programar de forma excepcional) e “marathon”
(maratona). Nos passados dias, 4 e 5 de Setembro de 2015, realizou-se o 3º
World Port Hackathon no Porto de Roterdão. Este Hackathon foi coorganizado e
suportado por entidades cuja vida se desenvolve, de forma significativa, no
porto: administração do Porto de Roterdão; empresas do sector logístico;
armadores; universidade e outras instituições de educação; empresas
tecnológicas; coderdojo de Roterdão e muitos outros seus parceiros. É digno de realce
a relação de envolvimento existente entre as instituições de educação e o seu
porto (Roterdão). Este Hackathon gira, principalmente, em torno de dados
abertos e “big data”. Assim sendo, foram disponibilizados vários conjuntos de
dados (estáticos e dinâmicos), por diferentes partes interessadas, com maior
destaque o Porto de Roterdão apresentou, por exemplo, um conjunto de dados
sobre a densidade de tráfego medida por sensores embutidos nas estradas ou sobre
o sistema de gestão do tráfego usado dentro do porto. Também, a tecnologia da
IoT – “Internet of Things” foi colocada aos dispor, de forma à criação de algo
mais tangível, bem como, diversos tipos de sensores, relógios e óculos inteligentes.
Os desafios colocados e dinamizados pelos parceiros, tiveram como objectivo o
desenvolvimento de conceitos e construção de protótipos que contribuam para que
o Porto de Roterdão seja mais seguro, sustentável, inovador, inspirador e
economicamente viável. Estes desafios foram colocados em três grandes áreas:
logística e conectividade; infraestruturas; segurança. Como contribuir para uma
maior transparência nos transportes? Qual a posição atual? Qual o destino? Quanto
é a carga? Contudo, esta informação será tão ou mais valiosa quando interligada
com o planeamento e, facilmente, visualizada. Nas infraestruturas, inovação num
porto é consequente, quando torna possível lidar com a informação disponível de
forma mais inteligente, melhor e em maior quantidade, contribuindo para que
todo o processo entre a partida e a chegada, quer de um navio ou de um camião, seja
suave e eficiente. Quanto à segurança, num porto há muitos interesses
envolvidos, tendo a inovação (digital, controlo, etc) um papel fundamental para
o enriquecimento da cooperação. Seguindo o exemplo do que acontece em grandes
portos com a realização destes Hackathons, criando-se sinergias e dinâmicas de
interesses, o Porto de Aveiro deveria, também, ter o seu! Porque não?
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